Rastreamento e tratamento da doença de chagas crônica: a experiência de Monte azul, Minas Gerais
Palavras-chave:
Doença de Chagas, Trypanosoma Cruzi, SorologiaResumo
Objetivo: descrever a experiência do município de Monte Azul, Minas Gerais, no rastreamento e tratamento da Doença de Chagas Crônica. Materiais e Métodos: trata-se de um relato de experiência, descritivo, de uma campanha de rastreamento da Doença de Chagas Crônica, realizada no município de Monte Azul, entre os anos de 2021 e 2023. Foram elegíveis indivíduos com idade a partir de quatro anos e inelegíveis aqueles com diagnóstico da doença conhecido previamente à coleta de dados. As amostras foram analisadas na Fundação Ezequiel Dias. Resultados: participaram da campanha 675 indivíduos dos quais 129 (19,11%) foram soropositivos para Doença de Chagas Crônica. Identificou-se uma prevalência de 22,4% entre os participantes com 50 anos ou mais, 9,2% entre aqueles com 15 e 49 anos e de 0,5% entre os menores de 15 anos. Após confirmada a doença, os pacientes foram notificados e tratados com Benzonidazol. Dentre os pacientes positivos, 126 (97,67%) tiveram indicação de tratamento, desses 65 (51,58%) concluíram o tratamento, 06 (0,04%) abandonaram em função de reações dermatológicas e 55 (43,65%) aguardam o Benzonidazol para iniciá-lo. Conclusão: os dados mostraram alta prevalência da Doença de Chagas Crônica entre participantes de idade mais avançada. A observância em outras faixas etárias aponta para a persistência da doença no município. Esses dados justificam a implementação de uma política de rastreamento permanente, para identificar e tratar os infectados precocemente. Simultaneamente, é necessário investir em estratégias de conscientização da população quanto às formas de prevenção e eliminação do inseto vetor da doença.
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