Do perfil epidemiológico da doença de chagas de Espinosa-MG ao projeto piloto do ministério da saúde: acesso à detecção e ao tratamento da doença no âmbito da atenção primária à saúde

Resumo

Objetivo: Identificar o Perfil epidemiológico dos casos de Chagas Crônico do município de Espinosa e Criar uma Linha de Cuidado para os pacientes chagásicos. Materiais e Métodos: Busca ativa das notificações e análise das fichas de notificação de doença de chagas crônico no Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN), de janeiro de 2019 a junho de 2023. Resultados: Dos casos identificados nesta pesquisa, totalizam 334 pacientes portadores da doença de chagas crônica no município de Espinosa, sendo 173 do sexo feminino, portanto, sem diferença significativa. A maioria dos indivíduos acometidos pela doença está em idade produtiva (31 a 60 anos) implicando, portanto, na questão econômica do paciente e sua família, devido à impossibilidade da prática em atividades físicas. Com relação à raça, 283 pessoas declararam raça parda identificadas com a doença, 25 são brancas e 25 pretas. Fica evidente que o inseto tem predomínio em área rural, com 246 notificações, a área urbana apresentou 88 registros. Conclusão: O perfil epidemiológico dos indivíduos acometidos pela doença foi: ser residente de área rural, adulto, sexo feminino, de raça parda, com faixa etária entre 31 a 60 anos de idade. Almeja-se que as redes de atenção em saúde consigam garantir o cuidado contínuo ao usuário, reforçando vínculos entre a população e os pontos de atenção, o que é essencial para a atenção à saúde integral da pessoa com doença crônica. Faz-se necessário, portanto, manter a vigilância epidemiológica atenta com o componente entomológico, com o envolvimento da população e dos serviços municipais de saúde.