Perfil epidemiológico de internamentos por Leishmaniose Visceral no estado da Bahia, período de 2010 a 2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47822/bn.v13i1.853

Palavras-chave:

Leishmaniose visceral, Hospitalização, Epidemiologia, Saúde pública

Resumo

Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico das internações por leishmaniose visceral (LV) na Bahia, no período de 2010 a 2022. Material e Métodos: estudo descritivo e retrospectivo, obtido através dos registros do Sistema de Internamento Hospitalar (SIH), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referentes aos internamentos por essa doença no Brasil, no período de 2010 a 2022, por local de residência. Resultados: foram registrados 2.355 internamentos na Bahia. Houve concentração na macrorregião de saúde centro-leste (8,0%) e na região de saúde de Irecê (16%). A população acometida foi caracterizada por pessoas do sexo masculino (56,2%), na faixa etária de 1 a 4 anos (15,9%), de cor parda (37,9%). O caráter do atendimento foi de urgência (93,3%), o regime foi público (45,1). As hospitalizações geraram gastos e o valor total foi de R$ 1.323.866,7, sendo o valor médio por atendimento de R$ 563,65, com tempo médio de permanência de 15,3 dias. Considerações finais: é necessária a elaboração de políticas públicas que fortaleçam a vigilancia, prevenção e controle da LV. Adicionalmente, evidenciou-se a necessidade de ações integradas entre vigilância em saúde e assistência, para fomentar a suspeição precoce da doença pelas equipes de atenção básica nas regiões de concentração desta.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 1. ed., 5. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Costa DL, Costa CHN. Leishmaniose Visceral. In: Conceição-Silva F, Alves CR., comps. Leishmanioses do continente americano [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2014, p. 327-353. Available from: https://doi.org/10.7476/9788575415689.0020

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Saúde de A a Z. Situação epidemiológica da leishmaniose visceral. 2022. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leishmaniose-visceral/situacao-epidemiologica-da-leishmaniose-visceral

Governo do Estado da Bahia. Secretaria de saúde da Bahia. Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Boletim epidemiológica da leishmaniose Visceral. Salvador, 2020.; n1. Available from : https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicaLeishmanioseViceralAgo2020.pdf

Xavier-Gomes LM, Costa WB, Prado PF, Oliveira-Campos M, Leite MTS. Características clínicas e epidemiológicas da leishmaniose visceral em crianças internadas em um hospital universitário de referência no norte de Minas Gerais, Brasil. Rev Bras Epidemiol. 2009;12(4):549-55. Available from: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2009000400005

Martins IML, Silva JS, Campos DKO, Oliveira RS, Silva PLN, Carvalho SFG, et al. Visceral leishmaniasis: historical series of hospitalized patients and correlation with climate in an endemic area in Minas Gerais, Brazil. J Bras Patol Med Lab. 2021;57:e2702021 Available from: https://doi.org/10.5935/1676-2444.20210045

Queiroz MJA, Alves JGB, Correia JB. Leishmaniose visceral: características clínico-epidemiológicas em crianças de área endêmica. J Pediatr (Rio J). 2004 Mar;80(2):141–6. Available from: https://doi.org/10.1590/S0021-75572004000200012

Brustoloni YM. Leishmaniose visceral em crianças no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil: contribuição ao diagnóstico e ao tratamento [tese de doutorado]. Campo Grande: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; 2006.

Marzochi MCA, Marzochi KBF, Fagundes A, Conceição-Silva F. Leishmaniose Visceral. In: Conceição-Silva F, Alves CR, comps. Leishmanioses do continente americano [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2014, pp. 431-468. Available from: https://doi.org/10.7476/9788575415689.0020

Governo do Estado da Bahia. Secretaria de saúde da Bahia. Superintendência de Vigilância e Proteção a Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Boletim epidemiológica da leishmaniose Visceral. Salvador 2020b. Available from : https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicoLeishmanioseVisceral2020.pdf

Governo do Estado da Bahia. Secretaria de saúde da Bahia. Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Boletim epidemiológica da leishmaniose Visceral estado da Bahia. Salvador, 2022. Available from : https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimLeishVisceral_No01_2021.pdf

Araújo EM, Costa MCN, Hogan VK, Araújo TM, Dias AB, Oliveira LOA. A utilização da variável raça/cor em Saúde Pública: possibilidades e limites. Interface (Botucatu) 2009 Oct;13(31):383–94. Available from : https://doi.org/10.1590/S1414-32832009000400012

Governo do Estado da Bahia. Secretaria de saúde da Bahia. Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Boletim epidemiológico da leishmaniose Visceral estado da Bahia. Salvador, 2023. Available from : https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimLeishVisceral_No01_maio_2023-1.pdf

Oliveira JM, Fernandes AC, Dorval MEC, Alves TP, Fernandes TD, Oshiro ET, et al. Mortalidade por leishmaniose visceral: aspectos clínicos e laboratoriais. Rev Soc Bras Med Trop. 2010 Mar;43(2):188–93. Available from: https://doi.org/10.1590/S0037-86822010000200016

Campos Jr D. Características do calazar na criança. Estudo de 75 casos. Pediatr (Rio J). 1995;71:261-5. Available from : https://jped.elsevier.es/pt-pdf-X2255553695027750

Carvalho IPSFD. Leishmaniose visceral no Brasil: avaliação econômica dos esquemas de tratamento. Brasília. Tese de Doutorado- Universidade de Brasília; 2019. Available from: http://icts.unb.br/jspui/bitstream/10482/36892/1/2019_IsisPoliannaSilvaFerreiradeCarvalho.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Leishmaniose visceral: recomendações clínicas para redução da letalidade / Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Available from : https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/leishmaniose_visceral_reducao_letalidade.pdf

Queiroz MJA, Alves JGB, Correia JB. Leishmaniose visceral: características clínico-epidemiológicas em crianças de área endêmica. J Pediatr (Rio J). 2004 Mar;80(2):141–6. Available from : https://doi.org/10.1590/S0021-75572004000200012

Gontijo CMF, Melo MN. Leishmaniose visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Rev bras epidemiol. 2004Sep;7(3):338–49. Available from: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2004000300011

Nogueira MB, Ferraz RC, Oliveira DCD, Costa Silva G, Profeta da Luz ZM. Atenção aos casos humanos de leishmaniose visceral no âmbito da atenção primária à saúde em município da região metropolitana de belo horizonte. Revista de APS. 2014;16(3). Available from: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15156

Downloads

Publicado

2024-05-15

Como Citar

Cerqueira de Jesus, S. L. . (2024). Perfil epidemiológico de internamentos por Leishmaniose Visceral no estado da Bahia, período de 2010 a 2022. Bionorte, 13(1), 480–489. https://doi.org/10.47822/bn.v13i1.853

Edição

Seção

Artigo original