Estigma em mulheres infectadas pelo SARS-CoV-2 durante a pandemia por COVID-19

Autores

  • Cláudio dos Santos Bispo Estudante de Enfermagem da Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna (FASI), Montes Claros-MG, Brasil
  • Victor Guilherme Pereira Estudante de Enfermagem da Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna (FASI), Montes Claros-MG, Brasil
  • Maria Luísa Soares da Silva Moreira Estudante de Enfermagem da Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna (FASI), Montes Claros-MG, Brasil
  • Thauany Lopes Matos Estudante de Enfermagem da Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna (FASI), Montes Claros-MG, Brasil
  • Claudia Danyella Alves Leão Ribeiro Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Montes Claros-MG, Brasil
  • Álvaro Parrela Piris Doutorando em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Montes Claros-MG, Brasil

Palavras-chave:

Estigma Social., Saúde da Mulher., COVID-19., Saúde Pública., Pandemia.

Resumo

Objetivo: investigar a prevalência do estigma relacionado à infecção pelo SARS-CoV-2 em mulheres durante a pandemia por COVID-19. Materiais e Métodos: estudo transversal, exploratório e de prevalência, conduzido com 258 mulheres que apresentaram diagnóstico da COVID-19, confirmado por exame laboratorial, em um município do norte de Minas Gerais, durante o ano de 2021. Utilizou-se a Escala de Avaliação do Estigma Relacionado à Covid-19, de 18 itens, do tipo likert, que consiste em uma adaptação transcultural da escala de estigma de hanseníase (EMIC Stigma Scale). Aplicaram-se testes de confiabilidade e consistência interna à escala e, adicionalmente, conduziu-se a Análise Fatorial Exploratória. O estudo conta com apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa, com deferimento de parecer consubstanciado de n° 3.978.838. Resultados: o grupo avaliado apresentou idade predominante entre 26 a 34 anos (50,0%), com uma média de 11,6 anos de estudo. As medidas do coeficiente de Alfa de Cronbach dos 18 itens da escala variaram entre 0,95-0,96 e o coeficiente de Kappa entre 0,86-0,98, indicando excelente nível de confiabilidade e concordância da escala. Identificou-se que as pontuações da escala variaram de 10 a 55 pontos e a média do score final foi de 44,0, com pontuações mais elevadas representando maiores níveis de estigma associados à COVID-19. Os testes de Kaiser-Meyer-Olkin  (0,909) e de Esfericidade de Bartlett (0,000) apontaram excelente adequação do conjunto de dados e rejeitou a hipótese nula de que o agrupamento de dados é similar a uma matriz identidade, respectivamente. Conclusão: destaca-se que nenhuma das participantes estiveram isentas de algum grau potencial de estigmatização ou manifestaram níveis totais de estigma relacionado à infecção da COVID-19. A escala aplicada possibilitou identificar o estigma em mulheres que contraíram a COVID-19 e, potencialmente, contribui para o fomento e a implementação de políticas e estratégias de intervenção ao estigma social.

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Publicado

2023-09-26

Como Citar

Bispo, C. dos S. ., Pereira, V. G. ., Moreira, M. L. S. da S., Matos, T. L. ., Ribeiro, C. D. A. L. ., & Piris, Álvaro P. (2023). Estigma em mulheres infectadas pelo SARS-CoV-2 durante a pandemia por COVID-19. Bionorte, 12(Suppl.5). Recuperado de http://revistas.funorte.edu.br/revistas/index.php/bionorte/article/view/868