Uso do canabidiol para tratamento do transtorno do espectro autista

Autores

  • Ednardo Alberto Costa Estudante de Medicina das Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE), Montes Claros-MG, Brasil
  • Vitória Emanoelly Severo Soares Estudantes de Medicina das Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE), Montes Claros-MG, Brasil
  • Maximino Alencar Bezerra Junior Professor do centro universitário das Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE), Montes Claros-MG, Brasil

Palavras-chave:

Cannabidiol, Autism Spectrum Disorder, Tratamento

Resumo

Objetivo: demonstrar os efeitos e a relação do canabidiol com a modulação dos sintomas do transtorno espectro autista. Materiais e Métodos:  foi realizada uma revisão integrativa da literatura através da base de dados PUBMED e Bliblioteca Virtual em Saúde (BVS), com o uso dos descritores “Cannabidiol”, “Autism Spectrum Disorder”, “Treatment”, cruzados com o observador booleano AND. Foram incluídos os artigos completos publicados nos cinco últimos anos em inglês, selecionaram-se 15 documentos que serviram de base para esta revisão. Resultados: o canabidiol (CBD) possui a capacidade de modular a atividade de neurotransmissores em pacientes com transtorno do espectro autista (TEA), tal atividade não é vista em fármacos psicotrópicos, os quais não tratam o TEA, mas também visam minimizar algumas estereotipias. Dessa forma, o CBD é capaz de modular condições sintomáticas do espectro e corroborar para o funcionamento mais adequado da cognição, emoção, plasticidade neuronal e nocicepção. O canabidiol possui essa função pela expressão dos receptores CB1 e CB2 no sistema endocanabidinoide, que modula respostas cerebrais alteradas e são expressos no sistema nervoso central e periférico. Assim, desenvolve melhorias na ansiedade, irritabilidade, agressividade, hiperatividade e sono, sendo usado em monoterapia ou como tratamento complementar. Ademais, como todo fármaco, o CBD possui efeitos colaterais, como sonolência e alteração do apetite e peso, porém ao comparar riscos e benefícios, tal medicamento corroboraria para o tratamento e adequação do espectro. Conclusão:  o uso de canabidiol usado em pacientes portadores do transtorno do espectro autista melhora alguns critérios diagnósticos para o TEA, como interação social, desregulação do sono e comportamentos neurossociais, existindo poucos efeitos adversos, os quais não se sobrepõem aos benefícios.

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Publicado

2024-08-20

Como Citar

Costa, E. A. ., Soares, V. E. S. ., & Junior, M. A. B. . (2024). Uso do canabidiol para tratamento do transtorno do espectro autista . Bionorte, 13(Suppl.5). Recuperado de http://revistas.funorte.edu.br:80/revistas/index.php/bionorte/article/view/1184