Efeitos terapêuticos dos psicodélicos em doenças psiquiátricas: uma revisão integrativa
Palavras-chave:
Alucinógenos, Transtornos Mentais, TerapêuticaResumo
Objetivo: analisar a capacidade de atuação das drogas psicodélicas no sistema nervoso central, auxiliando no tratamento de doenças psiquiátricas. Materiais e Métodos: trata-se de revisão integrativa feita a partir de buscas nas bases de dados PubMed e Scielo com diferentes combinações dos seguintes descritores: “Hallucinogens”,” Mental disorders”, “Therapeutics”, “N-Methyl-3,4-methylenedioxyamphetamine”, “Neurociências”, “Ketamine”, “Psilocybin”. Foram encontrados 312 artigos e 09 foram selecionados, sendo que os critérios de inclusão foram artigos originais completos, publicados entre 2017 a 2021, disponíveis na íntegra. Artigos sem relação com o tema central foram excluídos. Resultados: diversos psicodélicos vem sendo estudados e seus efeitos principais variam, sendo influenciados pela dose medicamentosa, psicopatologia, história de vida e interesse do paciente. Evidências mostram significativas melhorias em pacientes com distúrbios neuropsicológicos – sobretudo em transtornos depressivo-ansiosos. Ademais, demonstram predomínio dos benefícios psicossociais e farmacológicos quando comparados aos efeitos adversos, que se mostraram qualitativa e quantitativamente irrisórios em múltiplas patologias. A Psilocibina, por exemplo, além de agonista serotoninérgico, inibe a atividade da amígdala e desinibe os lobos temporais mediais, sendo promissor para o tratamento de depressão refratária e ansiedade ligada ao câncer terminal. A 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) ressignifica informações vivenciadas, diminuindo a atividade da amígdala, sendo favorável na terapêutica do transtorno de estresse pós-traumático. A Dietilamida do ácido lisérgico (LSD), contraindicado para casos com psicose, é capaz de aumentar a empatia e favorece a socialização. Já a Ayahuasca e a Cetamina apresentam estudos iniciais com resultados positivos para o tratamento de vícios. Conclusão: Apesar de promissoras, as pesquisas atuais são limitadas e incapazes de estabelecer tratamentos padronizados. Dessa forma, estudos com amostragens maiores, metodologias mais proficientes e avaliações mais amplas acerca dos efeitos adversos e das contraindicações do uso terapêutico de psicodélicos são fulcrais nos desdobramentos futuros da temática.
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