Não vacinação infantil e sua interface com o cuidado pelos responsáveis
Palavras-chave:
Cuidado da Criança., Vacinação., Cobertura Vacinal.Resumo
Objetivo: Compreender, segundo a literatura científica publicada, o fenômeno da não vacinação de crianças e sua interface com o cuidado infantil pelos responsáveis. Materiais e Métodos: As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed e Scientific Electronic Library Online (Scielo) por meio do cruzamento dos termos “anti-vaccine” AND “parents”. Foram incluídos somente trabalhos publicados no formato de artigos originais dos anos de 2022 e 2023, publicados na língua inglesa e portuguesa. Teses, dissertações, manuscritos, monografias, artigos de revisão e relatos de caso não fizeram parte deste trabalho. Ainda, foram excluídos artigos cuja temática apresentava fuga ao objetivo em questão. Resultados: Do total, oito estudos contemplaram todos os critérios de inclusão e abordaram características da situação vacinal de crianças em diversos países, incluindo o Brasil. Dentre eles, observaram-se que os principais motivos que permeiam a decisão de não vacinação infantil por pais e responsáveis são o medo quanto aos efeitos adversos da imunização e a insuficiência de informações confiáveis por parte de instituições de saúde e de indústrias farmacêuticas acerca das vacinas, sua segurança e eficácia. Além disso, outros fatores que contribuem para a baixa cobertura vacinal é a marcante presença de autoridades médicas, religiosas e midiáticas que rejeitam a vacinação, e o baixo nível socioeconômico e intelectual dos pais. Por fim, outros argumentos antivacinação baseiam-se na crença de que as vacinas possuem componentes tóxicos que podem, inclusive, causar doenças, como autismo, intoxicação por metais pesados e fibrose cística. Conclusão: Os estudos analisados permitiram compreender que o movimento antivacina é um fenômeno que têm ganhado bastante notoriedade nos últimos anos, impactando na cobertura vacinal de diversos países. Dentre os principais argumentos proferidos pelos pais e responsáveis, ressalta-se a baixa confiança na eficácia e segurança das vacinas. Dessa forma, restam dúvidas quanto à qualidade e efetividade das informações advindas de profissionais e instituições da área da saúde acerca do processo de imunização.
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