A garantia dos direitos humanos na perspectiva da pandemia - violência de gênero e identidade

Resumo

Objetivo: demonstrar como as mulheres que se declaram de cor ou raça negra enfrentam os efeitos e impactos da pandemia do Coronavírus, bem como apontar as necessidades de se firmar ações permanentes de incentivo e mudanças de paradigmas na inclusão das mulheres negras no mercado de trabalho formal, bem como a necessidade de eliminação das desigualdades raciais. Método: as principais bases de pesquisa foram os dados científicos já publicados por órgãos, como a Fiocruz - Fundação Osvaldo Cruz e pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e também por instituições como a ONU Mulheres. Os estudos em análise são de publicações do período de 2018 a 2021. Resultados: demonstrou-se, com o trabalho, a evidência de que a pandemia do coronavírus não atingiu toda a população de forma equânime. Fato é que os grupos mais vulneráveis que já sofrem diariamente com uma série de desigualdades, também os que mais sentiram os impactos sociais, econômicos, financeiros desse período. Dentre eles a mulher negra representa grande parte desse grupo que, ao longo da história, sofre drasticamente os impactos de uma sociedade racista e agora viu intensificar os desafios que já eram árduos. Conclusão: observa-se, assim, a necessidade de políticas públicas de enfrentamento a todas essas situações abordadas, bem como uma mudança de paradigmas no que diz respeito à forma como as mulheres negras são vistas na sociedade, sobretudo pelo fato de que estas já representam um percentual muito importante de geração de força de trabalho para este país.